Nesse espaço especial quero dividir minha paixão por papel e pela Disney.
Eu, que já viajei tanto na Silhouette, hoje corto papel com tesoura e bisturi, redescobrindo o prazer dos pequenos detalhes.
Papel me inspira desde criança, me faz viajar...
Amo todos, desde aquele baratinho de embrulhar peixe na feira até os mais requintados e caros, cheios de texturas e cores.
Cada post será uma viagem pelas minhas experiências (boas e ruins, porque nem todo dia o céu está azul..) da ideia até a foto final (nem sempre com o resultado planejado) na criação de um projeto.
Quero mostrar compartilhar as novidades, lançamentos, truques e técnicas para que todos viajem comigo explorando as infinitas possibilidades desse mundo mágico.
Todos são muito bem vindos nessa viagem!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Testando de verdade a PixScan

Olá Silhouetteiras, sejam bem vindas a bordo!!

O voo de hoje é para comentar a novidade da qual tanta gente anda falando: as novas bases de corte com a tecnologia Pix Scan.


Você pode comprar sua base de corte Pix Scan para Silhouette Cameo ou Silhouette Portrait aqui.

Para começar nosso assunto, vamos revisar o conceito dos projetos de imprimir e cortar.
Antes de qualquer coisa, a imagem vinda de um kit digital ou da internet precisa ser rastreada (ou vetorizada manualmente) para que passe a ter linhas de corte.
Em projetos de imprimir e cortar feitos da forma tradicional, se fosse uma imagem vinda da loja online, ela já teria linhas de corte.
No caso da base da Pix Scan, como o corte ocorrerá a partir da imagem (foto ou vinda do scanner), mesmo que a imagem tenha vindo da loja online da Silhouette será preciso rastrear.


Depois disso, é preciso inserir as Marcas de Registro, que serão impressas junto com a imagem e servirão de referência para a Silhouette para que ela saiba onde estão as linhas de corte.

É justamente nessa segunda etapa que está a inovação proposta pela base do Pix Scan: a base já vem com as marcas de registro, que não precisam mais estar impressas no papel, junto com a imagem.



Importante lembrar aqui que as imagens continuam precisando passar pelo rastreamento ou vetorização.

Quando eu ouvi falar da Pix Scan pela primeira vez, já pensei logo que agora seria possível cortar imagens dos papéis de scrap. 
Na prática, não é tão simples assim.

O primeiro ponto (onde, confesso, fiquei um pouquinho decepcionada), é o tamanho da base Pix Scan para a Cameo. Diferente da base normal, a área útil não é de 30,5x30,5cm (tamanho do papel de scrap), é de apenas 30x21,7cm. Com isso, é preciso cortar uma tira de aproximadamente 9 cm do papel porque toda a área do papel deve fica dentro da margem desenhada na base de corte.

A base Pix Scan para a Portrait tem área útil de 29,6x19,5cm.


O sistema Pix Scan funciona assim: o papel onde está a imagem que queremos cortar é colado na base de corte e, usando uma máquina fotográfica digital, um smartfone ou um scanner, registramos a imagem da base de corte com o papel.
A foto deve ser tirada em angulo reto, com boa iluminação e o mínimo possível de sombras.
Na hora de abrir essa imagem no programa, devemos usar a ferramenta de Pix Scan.


Quando acionada, a ferramenta de Pix Scan abre uma janela onde podemos fazer o upload da imagem.


Testei vários tipos de papel de scrap, com diferentes tipos de padrões de cor.

Vamos usar três diferentes tipos de estampa como exemplo.

O primeiro é esse papel de fundo escuro, com a coruja colorida. 


Seguindo a teoria do processo de rastreamento, que cria uma linha de corte onde há contraste de cor ou de tom, quando tentamos fazer o rastreamento da coruja as linhas de corte não são precisas pois aparecem também em partes do cenário.
Não tem nada errado aqui, o processo está acontecendo corretamente. 
Nesse tipo de imagem (estando na Pix Scan ou não), o rastreamento automático é IMPOSSÍVEL. 
A única alternativa nesse caso é vetorizar manualmente, ou seja, desenhar a linha de corte ponto a ponto.


Outro caso: papel claro e com muitas imagens. 
Aqui seria necessário rastrear UMA A UMA todas as imagens para criar as linhas de corte.
O problema é que, como as imagens tem diferentes intensidades de cor, não é fácil fazer o rastreamento de forma que as linhas fiquem perfeitas em todas as imagens, será preciso editar as linhas de corte para corrigir os defeitinhos.


Terceiro caso: uma folha clara, com uma única imagem colorida (ou mais de uma, desde que isoladas uma da outra)



Aqui sim o processo de rastreamento funciona perfeitamente!!






Após a criação da linha de corte basta enviar para a Silhouette, ajustar as configurações de corte de acordo com o material que será cortado e pronto!!!

Legal, né? 

Importante: não vai achando que é só colar o papel na base, fotografar e colocar na tela que a máquina vai cortar porque não é assim. 
Volto a dizer isso porque acho extremamente importante que fique claro: o uso da Pix Scan não dispensa o processo de rastreamento, que continua sendo IMPRESCINDÍVEL. 

A parte mais complexa do processo (rastreamento e/ou vetorização e eventual edição de pontos) continua igual, com todas as exigências técnicas de antes.

Não consigo deixar de sentir um certo gostinho de "quero mais" no que se refere ao tamanho da área de trabalho.

Espero que vocês tenham gostado e que me mostrem as suas criações usando a base Pix Scan.

Um beijo e até o próximo voo.


Karin

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Aeromoça Pan Am

Olá apaixonados por papel!

Meu post de hoje vai falar um pouquinho sobre o projeto que fiz para a vitrine do Time no estande do Vlady na Mega Artesanal.

O tema proposto foi “Retrô” e inspirada nele resolvi fazer uma aeromoça da Pan Am, com todo o glamour dos primeiros anos da aviação.

O material usado foi bem simples:
- papel Canson Mi Teintes para a pele
- papel Color Plus gramatura 180g/m² na cor Grécia para a roupa e bolsa e na cor Havana para o cabelo
- papel opaline gramatura 180g/m² para os detalhes em branco
- vinil adesivo branco para a logo da Pan Am na bolsa
- lápis aquarelável
- chalk (giz pastel seco)

O processo de criação partiu de uma foto retirada da internet, que mostrava as quatro aeromoças que foram personagens em uma recente série que teve como tema a Pan Am.



Para chegar na forma da aeromoça que eu queria, misturei o cabelo da primeira atriz à esquerda, o rosto da segunda e a mão com a bolsa da terceira.
O desenho das formas básicas foi feito vetorizando a imagem no Silhouette Studio (não é a mesma coisa que rastrear).
Essas partes foram posteriormente cortadas na Silhouette Cameo.
Todos os cortes internos e delicados, como os fios de cabelo, foram feitos com a tesoura.
A montagem começou com a pintura do cabelo, passou pela pintura das partes do rosto para criar as feições, depois vieram os olhos, a roupa e finalmente a pintura da bolsa.
Toda a parte de pintura foi feita com giz pastel seco e lápis aquarelável.
Para criar o espaço entre as partes do corpo e dar a sensação de volume, usei pedacinhos de  foam board e/ou de paspatour.
Nas fotos é possível seguir o processo de montagem do projeto.

















Espero que vocês tenham gostado !!
Nos vemos no próximo post.

Beijo,


Karin

Jardim Florido

Olá Silhouetteiras!
Sejam bem vindas a bordo!

Quem acompanha minha trajetória sabe que comecei no mundo do papel há oito anos, fazendo cartões. Amo, amo e amo cartões.

É uma pena que no Brasil não haja essa cultura de presentear com cartões, porque todo presente fica mais especial se vier junto com uma mensagem que expresse o carinho de quem presenteia.

Muitas pessoas me perguntam como usar o Suporte de Canetas Silhouette (inserir link http://www.silhouettebrasil.com.br/canetas-silhouette/suporte-de-canetas-silhouette.html) e pedem ideias de projetos. Ainda existe a crença de que usar a caneta é complicado e difícil.

Hoje resolvi fazer um post juntando minha paixão pelos cartões e algumas formas diferentes de usar o adaptador de canetas e mostrar como é simples e versátil.
Vamos usar a caneta de duas formas diferentes: para fazer um padrão no papel de fundo e para escrever a mensagem do cartão.

As técnicas mostradas aqui podem ser usadas em projetos de qualquer tema, basta colocar a criatividade para funcionar.

Mãos à obra!

Para criar o padrão de fundo, usei uma caneta comum (Compactor 0.7) azul, sobre papel Color Plus gramatura 180g/m² na cor Toronto.
A tinta da caneta é apenas um pouquinho mais escura do que o papel e os traços vão criar um padrão discreto, mas que vai fazer toda a diferença. Se a opção for um padrão mais marcado, basta escolher uma caneta de cor contrastante com a do papel.
Para criar a base do cartão, escolhi o padrão de borboletas chamado “Butterfly Lace” by American Crafts, disponível na loja online.



Desenhe a base do cartão com a ferramenta de desenho de retângulo com bordas arredondadas.
Use a ferramenta de desenho de traço (pressionando ao mesmo tempo a tecla Shift, para que o traço fique reto) para fazer a linha de dobra.
Depois de desenhar, use a ferramenta de Estilo de Linha para converter uma linha contínua em linha pontilhada e em seguida selecione a base do cartão e a linha e então use a ferramenta Alinhar > Centralizar para posicionar a linha no meio do cartão.
Dica: Lembrem sempre que em qualquer trabalho a linha de dobra nunca deve ir até a margem do papel, para não criar um ponto de fragilidade que pode comprometer a qualidade do acabamento final.
Dimensione o padrão e sobreponha sobre a metade do cartão



Use a ferramenta de borracha para eliminar o excesso do padrão que ficou para fora do cartão. Esse passo é opcional.



Selecione o cartão e a linha de dobra e agrupe para não perder o alinhamento.



Clique em Enviar para a Silhouette e assim terá acesso às configurações do Estilo de Corte.
Dica: Para quem ainda usa a versão 2 do Silhouette Studio, esse passo deve ser feito na ferramenta da tesourinha – Estilo de Corte.
Selecione o contorno do cartão e marque Sem Corte. Na tela as linhas vermelhas fortes, que indicam as linhas de corte ativas, ficarão somente sobre o padrão de borboletas.



Remova a lamina da máquina e posicione no lugar dela o Suporte de Caneta.



Para acertar a altura da caneta, coloquei um palitinho de picolé sob o suporte



Insira a caneta no suporte até que a ponta encoste no palitinho e então aperte os parafusos de ajuste para que a caneta fique bem firme no suporte. REMOVA O PALITINHO.
Selecione no software a opção Caneta de Desenho e mande Iniciar.
Dica: lembrem sempre que a caneta vai passar por onde a lamina passaria, então ela desenha, contorna e escreve, mas não preenche, não colore. Para trabalhos assim é preciso usar a impressora.



Após o corte, NÃO RETIRE A BASE DA MÁQUINA!!!!




Remova o suporte da máquina e coloque a lamina.
Envie para a Silhouette e faça o processo inverso do que foi feito antes: selecione a base do cartão e marque a opção Cortar. Selecione o padrão de borboletas e então selecione Sem Corte.
Selecione no software a opção de material que será cortada. Faça o ajuste manual da lamina.



Após o corte, remova o cartão da base de corte e vamos partir para a etapa de montagem.



Com um estilete, faça um corte de mais ou menos um centímetro sobre a linha de dobra.
O tamanho do corte e a posição dele vão variar de acordo com o seu projeto.



Passe pelo corte uma fita que tenha de comprimento 3 vezes a medida da largura do cartão fechado.
Por exemplo: meu cartão tem 12cm de frente, a fita tem 36cm.



Use Adesivo Universal para Artesanato ou cola em fita para aderir a fita ao cartão no verso e na frente. Deixe as pontas mais ou menos do mesmo tamanho.



Cole as demais partes da frente do cartão para saber onde fazer o laço. Corte as pontas da fita.
Dica: corte a fita na diagonal para não desfiar.



Para fazer o balão com o texto, repita o processo que foi usado para a base do cartão, dividindo em duas etapas, uma de escrita e depois a de corte. O importante é não remover a base da máquina entre as etapas.
A fonte escolhida (AM Fresh) foi uma fonte de traço e não de contorno, para evitar que as letras ficassem “vazadas”.
Na montagem final, senti necessidade de mais branco na parte da base do cartão para que ficasse mais equilibrado com os tons usados no lado esquerdo, então fiz o falso pespontado com a caneta branca, à mão.
Se eu tivesse pensado nisso quando fiz a base do cartão poderia ter incluído mais essa etapa no Silhouette Studio.
Para fazer esse falso pesponto no programa  é só usar a ferramenta Estilo de Linha para transformar a linha contínua em linha pontilhada.
A flor é do conjunto “Flower Group” by Miss Kate Cuttables (também disponível na loja online) e foi cortada em dois tons de verde e dois de amarelo.
Colei o botão no meio da flor com Relevo Transparente Corfix



Todas as camadas foram aplicadas com fita banana.
No círculo onde foi aplicada a flor fiz relevo seco usando a máquina Cuttlebug.
Aí está nosso cartão (que também poderia ser um convite).



Espero que o jardim da vida de vocês seja cada vez mais florido e que as técnicas que ensinei aqui brotem e  frutifiquem em trabalhos lindos!!

Beijo e até o próximo post.

Karin

Uma casa muito doce

Olá Silhouetteiras, sejam bem vindas a bordo!

Eu adoro temas clássicos para festas e minha inspiração para o post dessa semana foi a história de João e Maria: vamos montar uma casa muito, muito doce como a que atraiu os dois irmãos na floresta.

O teto da casa abre para guardar surpresas.

O material é simples e como tem várias peças pequenas, vocês podem aproveitar aqueles retalhinhos de papel que sempre sobram de outros trabalhos.

Eu usei cardstock (papel para scrapbooking), mas é perfeitamente possível fazer usando papel color plus ou outro de gramatura 180g/m². Além disso, usei também fira banana, cola pano, botões coloridos, fita, caneta branca e tiras de paspatour, que é um material usado para fazer quadros, mas vocês podem usar papel paraná que dá no mesmo.



Vamos à montagem:
Use a dobradeira para marcar muito bem todas as linhas de dobra.



Cole tiras de paspatour ou papelão por dentro das “paredes” para garantir a estrutura da casa.



Comece a montagem da casa colando as paredes no piso




Dobre e posicione a parte maior do telhado no lugar. Cole a aba de uma das paredes laterais, da frente e do fundo no telhado.



Cole pedacinhos de fita banana nas duas partes intermediárias do telhado. Esses pedacinhos devem ser colados mais próximos à parte decorada.



Passe cola na parte lisa da aba



Cole a aba intermediária no meio do telhado e repita a operação com fita banana e cola nos dois lados da cumeeira do telhado



Monte a janela com cola para unir as cortinas ao fundo branco e depois tirinhas de fita banana para colar a moldura da janela



Cole as janelas na lateral da casa.



Decore a casa com as balas e pirulitos.
Além das balas cortadas em papel, usei também botões  com duas abinhas cortadas em papel.
Na frente da casa, colei o coração e o laço de fita.
Porta foi colada na parede e usei um pedacinho de fita banana para mantê-la fechada, mas com uma leve abertura.
Uma tirinha de papel verde colada na base das paredes dá acabamento e adiciona mais um toque de cor.




Espero que vocês tenham gostado da casinha doce!

Nos vemos no próximo post.
Beijo,

Karin